A brMalls, gestora de shoppings recentemente associada à Aliansce Sonae (ALSO3), entrou na Justiça para derrubar a proteção obtida pela Americanas (AMER3) contra despejos de lojas por falta de pagamento de aluguel.
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O grupo cobra uma dívida de R$ 777 mil por três meses de aluguéis em atraso da varejista – o valor que chega próximo a R$ 1 milhão por conta de custas processuais.
Na semana passada, a Americanas conseguiu aval do judiciário para evitar despejos. À época, a companhia afirmou que havia sido alvo de 12 ações de proprietários para expulsar suas lojas.
Além de proteger a varejista de ser despejada, a Justiça do Rio de Janeiro determinou que não seja feito o corte de luz das unidades. O argumento é de que isso poderia afetar a operação principal da Americanas.
Em seu pleito à Justiça, a brMalls, em conjunto com a Previ (fundo de previdência dos funcionários do Banco do Brasil), afirma que existe grave risco de calote em função do valor da dívida e do enorme passivo da Americanas junto aos credores – a varejista declarou ter R$ 41,2 bilhões em dívidas em seu pedido de recuperação judicial.
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Em resposta à administradora de shoppings, os advogados da Americanas reforçaram que os valores devidos se enquadram dentro do escopo da recuperação judicial e afirmam esperar que a Justiça mantenha a decisão de evitar o despejo de suas lojas.
Para Gabriel de Britto Silva, advogado especializado em direito empresarial e imobiliário, a decisão de evitar o despejo de lojas da Americanas cria uma insegurança jurídica para as empresas que atuam na administração de shoppings centers.
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“Caso a decisão seja mantida pelo Tribunal, se abriria brecha para toda empresa em dificuldade financeira, ao ter um pedido de recuperação deferido, poder manter-se em débito com a parte locadora. Isso fragilizará o mercado de locações comerciais”, diz Silva.
Resultado da Americanas no Terceiro Trimestre de 2022
O resultado da Americanas (AMER3) no terceiro trimestre de 2022 (3t22), divulgado no dia 10 de novembro, apresentaram um prejuízo de -R$ 211,5 milhões no 3t22, baixa de -187,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.
O Ebitda ajustado das Americanas atingiu R$ 582,0 milhões no 3T22, apresentando retração de -21,6% na comparação com o 3T21.
A margem Ebitda das Americanas totalizou % no 3T22, apresentando crescimento de pontos percentuais na comparação com o 3T21.
A margem líquida das Americanas atingiu -3,9% no 3T22, apresentando retração de -7,7 pontos percentuais na comparação com o 3T21.
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