A família Picower era conhecida por ser uma grande doadora, até que teve seu nome envolvido no esquema Ponzi de Bernard Madoff. Agora, Barbara Picower está de volta como uma das maiores filantropas.
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Barbara Picower é a viúva de Jeffry Picower, tido como o maior beneficiário do esquema Ponzi de Madoff.
No crime, Bernard 'Bernie' Madoff nunca investiu o dinheiro dos seus clientes como deveria. Em vez disso, ele usou o dinheiro que lhe foi dado por novos investidores para pagar aos investidores existentes.
Jeffry e Barbara, amigos e investidores de Madoff, são considerados grandes beneficiários ao receberem US$ 7,2 bilhões em distribuições ao longo dos anos da Bernard L. Madoff Investment Securities.
Com o escândalo, a antiga Fundação Picower foi forçada a fechar.
Após a morte do marido, Barbara criou a Fundação JPB, que é hoje uma das maiores organizações filantrópicas dos Estados Unidos.
Conheça mais de uma das principais filantropas do mundo e possível beneficiária de esquema Ponzi.
Quem é Barbara Picower
Barbara Picower é filantropa, fundadora e atual presidente emérita da Fundação JPB, instituição de caridade fundada em 2011 que visa capacitar as pessoas que vivem na pobreza, sustentar o meio ambiente e permitir pesquisas médicas pioneiras.
Barbara presidiu a Fundação por mais de uma década, antes de se tornar presidente emérita, em 2024.
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Vida e carreira
Barbara Picower nasceu em 1942 e foi namorada de infância de Jeffry. Os dois frequentaram a mesma escola em Long Beach, no subúrbio de Nova York.
Ela obteve bacharelado em Ciência Política pela Hofstra University, em Long Island, e dois mestrados pela Universidade de Nova York, em História e Educação Secundária e outro em Nutrição.
Barbara e seu marido, Jeffry Picower, criaram a Fundação Picower, em 1989, com Barbara como diretora.
Durante anos, o casal realizou enormes doações, inclusive para o Instituto Picower de Aprendizagem e Memória, renomeado após uma doação de US$ 50 milhões da Fundação Picower em 2002.
A riqueza e doações do casal era conhecida apenas por um pequeno círculo de amigos até que foi exposta após o colapso do esquema Ponzi de Bernard Madoff, em dezembro de 2008.
Na época, se descobriu que Jeffry Picower tinha recebido um valor líquido de US$ 7,2 bilhões em distribuições ao longo dos anos da Bernard L. Madoff Investment Securities.
Como resultado, Barbara Picower deixou de realizar doações pela Fundação Picower, que tinha US$ 958 milhões em ativos na véspera do colapso do esquema de Madoff, informou a Forbes.
No ano seguinte ao estouro do crime, Irving Picard, representante do grupo de prejudicados pela falsa empresa de investimentos de Madoff, processou Jeffry Picower para tentar recuperar o dinheiro que ele recebeu.
A alegação foi de que Jeffry “sabia ou deveria saber” que estava lucrando com uma enorme fraude.
Logo após o processo ser aberto, em outubro de 2009, Jeffry Picower morreu aos 67 anos na piscina de sua mansão em Palm Beach, enquanto Barbara Picower lia um livro nas proximidades.
Ela disse ao médico legista que só quando ergueu os olhos da leitura é que viu o marido no fundo da piscina.
Sua morte foi considerada um afogamento acidental, no qual uma doença cardíaca foi um fator contribuinte.
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Por mais de um ano depois, Barbara continuou lutando contra Picard, até que ela concordou, em dezembro de 2010, em devolver os US$ 7,2 bilhões, dizendo estar “confiante de que seu marido não era de forma alguma cúmplice da fraude de Madoff”.
Em 2011, Brabara criou a Fundação JPB (JPB significa Jeffry Picower Barbara) para cumprir o pedido de Jeffry em seu testamento onde pedia que tudo que excedesse os US$ 250 milhões deixados para a família fosse doado.
Em seu testamento, Jeffry solicitou que, em seu primeiro ano, a nova fundação desse ao Picower Center do MIT outros US$ 25 milhões, o que ela fez.
“Foi a única coisa que meu marido e eu fizemos que realmente tinha o nosso nome”, disse Barbara Picower sobre o centro do MIT em uma entrevista de 2017.
Segundo o site da Fundação, Barbara Picower supervisiona o portfólio de doações, que inclui organizações emergentes e reconhecidas nacionalmente que trabalham em áreas como justiça econômica, direitos reprodutivos, igualdade na saúde, justiça racial e democracia.
Ela lidera a Fundação com a missão de melhorar a qualidade de vida de todos os americanos por meio de iniciativas transformacionais que promovam a saúde e a resiliência da comunidade.
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O JPB juntou-se à Fundação Ford e a outras organizações filantrópicas líderes para lançar o Fundo para Famílias e Trabalhadores, distribuindo ajuda monetária de emergência a centenas de milhares de trabalhadores e investindo em percursos profissionais mais resilientes.
Ela também tem apoiado os direitos reprodutivos, doando US$ 10 milhões em 2021 e 2022 para Rockefeller Philanthropy Advisors por sua colaboração em saúde reprodutiva e direitos das mulheres.
Bem como o Equal Justice Initiative, uma organização que fornece representação legal a pessoas que foram condenadas ilegalmente ou sentenciadas injustamente em cadeias e prisões estaduais.
Por suas doações, a Forbes a classificou entre os 25 maiores filantropas do país, com doações vitalícias estimadas em US$ 3,15 bilhões até 2024.
Picower também é membro do Conselho de Consultores do Reitor da Escola de Saúde Pública de Harvard e membro do Conselho de Administração da Living Cities.
