O estresse ou a tristeza já o levaram a comprar algo de que provavelmente não precisa? Você não está sozinho, quase 70% das pessoas afirmam que as emoções influenciam os seus gastos, revela uma pesquisa da LendingTree.

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Para muitos, as emoções, sejam elas de alegria ou melancolia, se transformam em prejuízos financeiros, com 76% dos gastadores emocionais dizendo que esse comportamento os levou a gastos excessivos.

Quando se trata de gastos emocionais, “as cartas estão contra nós”, disse o psicólogo financeiro Brad Klontz à CNBC Make It.

O estudo descobriu que as gerações mais jovens são mais suscetíveis a deixar que os seus sentimentos influenciem os seus hábitos de compra. 

Aproximadamente 75% dos millennials e da geração Z admitem gastos emocionais, possivelmente porque são menos propensos a pensar em seus fundos de aposentadoria ao clicar em “comprar”. 

“Estamos programados para gastar agora”, diz Klontz. “E para não gastar esse dinheiro agora e guardá-lo para o futuro... você precisa ter uma razão emocionalmente convincente para fazer isso. Essa é a ironia.”

O estresse é a principal emoção que impulsiona os gastos emocionais (50%), seguido pela excitação (44%) e a felicidade (38%). 

Veja os principais humores que influenciaram os gastadores emocionais, segundo a pesquisa:

  • Estresse (50%)
  • Excitação (44%)
  • Felicidade (38%)
  • Tédio (37%)
  • Tristeza (32%)
  • Ansiedade (25%)
  • Solidão (20%)
  • Romance (13%)
  • Raiva (9%)
  • Medo (7%)
  • Ciúme (6%)
  • Outros (3%)
  • Nenhuma das opções acima (3%)

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Gastos emocionais podem levar à problemas maiores

Embora os gastos emocionais sejam um hábito comum, não é algo positivo. Em muitos casos, eles se transformam em um problema maior, prejudicando as finanças pessoais e as economias que deveriam ser destinadas aos investimentos.

Segundo a pesquisa, quase 40% dos gastadores emocionais dizem que se endividaram por causa disso.

Em matéria da CNBC, Klontz alerta sobre o estresse que os gastos emocionais podem causar em suas finanças e relacionamentos e dá 5 dicas de como evitá-los.

O primeiro passo, segundo ele, é reconhecer que todos nós fazemos gastos emocionais.

“Você não pode confiar em seus instintos quando se trata de dinheiro”, diz. “Isso é essencialmente o que importa.”

Os gastos emocionais são impulsionados pela nossa amígdala, a parte do cérebro que processa as emoções. E quando suas emoções estão intensas, o córtex pré-frontal – responsável por fazer julgamentos como os relacionados ao orçamento – fica desligado. 

“Quando você fica emocionalmente carregado, você se torna desafiado racionalmente”, acrescenta Klontz.

Se você se considera um gastador emocional e deseja introduzir alguns limites ao seu hábito, aqui estão cinco dicas de como lutar contra seus instintos e resistir à vontade de clicar em “comprar” na próxima vez que estiver sob domínio de uma emoção muito forte:

1. Pratique a regra das 24 horas

Para resistir ao impulso de comprar do seu cérebro, reserve algum tempo entre o impulso e a compra real de algo. Klontz recomenda a regra das 24 horas.

“Você carrega coisas no carrinho, mas não vai comprar. Ao invés disso, vai esperar 24 horas e depois voltar para ver se são coisas que você realmente quer”, diz. “Isso pode ser superpoderoso.”

2. Use dinheiro sempre que possível

Ao fazer compras pessoalmente, Klontz recomenda usar dinheiro em vez de simplesmente entregar um cartão, para que você saiba exatamente quanto está gastando. 

“Muitos dos nossos gastos são inconscientes, e quando você realmente tem que deixar as notas na loja, é uma experiência meio dolorosa”, diz ele. “Ao usar o cartão, muitos de nós não temos certeza de quanto acabamos de gastar.”

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3. Faça perguntas difíceis a si mesmo 

Antes de comprar algo, pode ser útil fazer uma série de perguntas para determinar se a compra realmente vale a pena, diz Klontz.

“Você pode escrever suas anotações no telefone: isso é algo que eu posso pagar? É algo que eu preciso?” ele diz. “Onde vou colocá-lo? E como vou me sentir em relação a isso amanhã?”

4. Encontre um companheiro de responsabilidade

Controle suas compras emocionais encontrando um amigo e estabelecendo um limite de gastos que ambos concordem em cumprir. 

Se alguém quiser comprar algo acima desse limite, primeiro terá que consultar a outra pessoa.

“Minha esposa e eu fazemos isso um com o outro”, diz Klontz. ‘Só de saber que você vai [consultar outra pessoa] provavelmente vai dissuadi-lo de muitas coisas, de qualquer maneira.’

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5. Pense nos seus objetivos de longo prazo

Embora os gastos emocionais sejam muitas vezes inevitáveis, considerar seus objetivos financeiros também é uma maneira poderosa de evitar que seus sentimentos destruam suas finanças.

“Sente-se e pense no que você realmente quer da vida”, diz Klontz. “Porque é provável que não seja a última coisinha que você acabou de comprar na loja.”

Ao desenvolver uma visão clara e estimulante de como você deseja gastar seu dinheiro no futuro você pode direcionar seus gastos emocionais para seus objetivos.

Pense, por exemplo, na sua liberdade financeira ou no pagamento de uma casa.

“Os gastos emocionais no momento não têm nada a ver com seus valores e objetivos reais e podem estar sabotando o que realmente importa para você”, acrescenta Klontz.

Fonte: CNBC

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