Os resultados da economia brasileira e seus impactos na construção civil foram analisados hoje (10) pela economista Ieda Vasconcelos, da Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC).

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Para a compreensão do atual cenário, a economista explicou que, pelo segundo ano consecutivo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é o indicador oficial de inflação no País, encerrou acima do teto da meta.

Em 2022, o teto da meta era de 5% e o IPCA fechou em 5,79% (e o centro da referida meta era 3,5%).

Ieda destacou que a inflação do ano passado só não foi ainda maior em função da desoneração dos preços dos combustíveis, que tiveram as alíquotas de impostos federais zeradas.

A economista afirmou que, para ajudar a conter a inflação, a taxa Selic foi elevada, encerrando o ano passado em 13,75%, o que correspondeu a um aumento de 11,75 pontos percentuais, já que em março/21 ela estava em 2%.

Os resultados do mercado de trabalho também tiveram destaque. O país encerrou 2022 com a criação de mais de 2 milhões de novos empregos com carteira assinada.

Assim, o número de trabalhadores formais, no conjunto de atividades, passou a ser de 42,7 milhões.

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Em 2021, o Brasil também gerou quase 2,8 milhões de novos empregos. Ou seja, em dois anos foram criados 4,8 milhões de empregos, elevando o número de trabalhadores com carteira assinada.

A economista também destacou que o PIB Brasil registrou o segundo ano consecutivo de alta. Depois de crescer 5% em 2021, cresceu cerca de 3% em 2022.

Ela destacou ainda que, no terceiro trimestre do ano passado, estava em seu maior nível de atividades desde 1996.

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O setor da construção civil, que vivencia um ciclo de crescimento iniciado no segundo semestre de 2021, cresceu cerca de 7% no ano passado.

Com isso, o setor acumula crescimento de cerca de 18%. Mas isso não recompõe a perda observada no período de 2014 a 2020, que foi de 28%.

Ou seja, apesar de o setor da construção estar acima das atividades do período pré-pandemia em cerca de 16%, ela ainda está quase 20% abaixo do pico de atividades registrado em 2014.

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Ieda Vasconcelos destacou que, neste ciclo de crescimento, a construção já gerou mais de meio milhão de novos empregos com carteira assinada.

Para 2023, a economista ressaltou os desafios existentes. Ela informou que as estimativas para a inflação continuam ganhando força, desde o início de janeiro e estão sinalizando mais um ano de alta superior ao teto da meta.

Destacou que o IPCA aumentou 0,53% em janeiro/23 em relação ao mês anterior, em sua quarta elevação consecutiva.

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Em outubro/22 a sua variação foi de 0,59%, em novembro foi de 0,41%, em dezembro apresentou alta de 0,62% e em janeiro 0,53%.

 Com esse resultado, o IPCA acumulou, nos últimos 12 meses encerrados em janeiro/23, alta de 5,77%. Essa foi a menor inflação acumulada em 12 meses desde fevereiro/21 (5,20%).

A economista ressaltou que o centro da meta inflacionária para o ano 2023 é de 3,25%, podendo variar 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

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Assim, o teto da inflação do País, neste ano, é de 4,75%. Nas últimas semanas a Pesquisa Focus, realizada pelo Banco Central, tem aumentado as estimativas para o fechamento do IPCA em 2023.

O levantamento realizado no dia 3 de fevereiro estimou que o indicador encerrará o ano em 5,78%, ou seja, acima do teto da meta.

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Em relação a Selic, Ieda Vasconcelos ressaltou que o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, em sua primeira reunião do ano 2023, manteve a taxa Selic em 13,75% a.a., conforme já era aguardado pela maioria dos analistas.

Destacou que as estimativas, de uma forma geral, não sinalizam redução da Selic antes do segundo semestre de 2023.

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Fonte: CBIC.