Investir em criptomoedas é uma opção para diversificar e buscar ganhos acima da média. Porém, devido à grande volatilidade, os criptoativos não são recomendados para todos os perfis de investidor.

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A disparada do bitcoin despertou o interesse e dúvidas dos investidores nesta que é ainda uma classe de ativos relativamente nova no mercado.

Desde outubro do ano passado, a moeda subiu mais de 400%, superando os US$ 55 mil, mas é preciso cautela.

Críticos e apoiadores das criptomoedas promovem debates acalorados sobre o futuro desses ativos que vão muito além do conhecido Bitcoin.

Existem mais de 5 mil moedas digitais que atraem entusiastas da tecnologia e especuladores do mercado financeiro.

Se para alguns os criptoativos são a evolução dos sistemas de pagamentos, para outros, não passa de uma “insanidade total”.

Por isso, preparamos um guia completo sobre criptomoedas para você entender o que são, como funcionam, quais são as mais famosas e os cuidados que precisa tomar antes de investir.

Continue a leitura e descubra se vale a pena investir em moedas digitais.

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O que é criptomoeda

Criptomoedas são moedas digitais que utilizam a criptografia e um sistema de blockchain para proteger seus dados, criar novas unidades e confirmar suas transações.

As principais características que diferenciam as criptomoedas das moedas comuns são:

  • Meios de troca completamente digitais;
  • Descentralização;
  • Anonimato;
  • Baixo custo por transação.

A principal característica das criptomoedas é sua descentralização. Ou seja, não são supervisionadas pelo Estado.

Todo o processamento e a verificação das transações são realizados de forma coletiva na rede.

Isso significa que o preço de cada criptomoeda é basicamente definido pela lei de oferta e demanda, sem interferência de bancos centrais e nenhuma outra autoridade. 

Por isso, o ativo se torna altamente volátil e de alto risco financeiro.

O Bitcoin é a primeira e mais conhecida criptomoeda. Atualmente, existem mais de 5 mil criptoativos que competem entre si para oferecer as melhores funcionalidades e uma tecnologia mais avançada de pagamentos. 

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Variação de preço das criptomoedas

As criptomoedas são descentralizadas e autônomas, ou seja, sua criação é livre das imposições governamentais ou de instituições bancárias. Mesmo assim, alguns fatores influenciam na variação de preço.

Basicamente, o preço das moedas digitais segue a lei da oferta e da demanda.

Em épocas de maior procura pela moeda, aumenta o volume de compras e consequentemente, os preços tendem a subir.

A desvalorização também se dá, a partir do movimento dos investidores, nesse caso com a menor procura.

É importante dizer que a produção de criptomoedas é limitada. Como há um limite máximo fixo, sua oferta é finita.

No caso do Bitcoin, o limite máximo foi estabelecido por seu criador, Satoshi Nakamoto, em 21 milhões de unidades. Para outras criptomoedas, esse limite pode variar.

Por tanto, o ritmo de produção da moeda é decrescente e conhecido, o que significa que “a demanda deva seguir este nível para manter seu preço estável”, conforme o site Bitcoin.org.

O valor das moedas digitais também é influenciado pela aceitação nos mercados.

A recente valorização do Bitcoin, por exemplo, foi influenciada pela sua popularização, investimento de grandes instituições e a sua aceitação como meio de pagamento.

Apesar das criptomoedas serem independentes dos governos, elas não estão totalmente alheias às leis de mercado. Seu valor também pode variar conforme o panorama financeiro.

Porém, sempre seguindo o movimento dos investidores na procura pelo ativo.

Como funcionam as criptomoedas

As criptomoedas funcionam de modo descentralizado onde as transações são protegidas por criptografia. A tecnologia que está por trás do registro e validação é o chamado blockchain.

O blockchain nada mais é do que uma espécie de livro-registro público que armazena o histórico de todas as operações realizadas com cada unidade de moedas digitais.

Ele é normalmente operado em uma rede ponto-a-ponto (peer-to-peer) de milhares computadores, onde todos possuem uma cópia igual de todo o histórico de transações e coletivamente validam os novos blocos.

Uma vez registrados, esses dados não podem ser alterados sem a alteração de todos os blocos subsequentes. É uma espécie de lastro da própria moeda que garante maior segurança no processo.

O registro das transações no Blockchain é feito pelos chamados mineradores, os quais são remunerados com novas unidades de criptomoedas.

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Já a mineração é a criação de novas unidades de alguns tipos de moedas digitais.

Para que servem as criptomoedas

As criptomoedas funcionam de modo semelhante ao dinheiro em espécie. Sua função é, basicamente, servir como meio de troca, permitir transações de compra e venda de bens e serviços e como reserva de valor.

Algumas empresas já aceitam o pagamento em moedas digitais como a Microsoft (MSFT34), o WordPress, Wikipédia.

Quem anunciou que passará a aceitar Bitcoin é a rede Mastercard (MSCD34) e a montadora de carros elétricos Tesla (TSLA34).

Privacidade das Criptomoedas

Em geral, as criptomoedas trabalham em um sistema de pseudoanônimato. Ou seja, a criptomoeda não está vinculada a pessoas, mas sim a uma ou mais chaves específicas.

Desse modo, os proprietários de bitcoins não são identificáveis, mas todas as transações estão publicamente disponíveis no blockchain.

Criptomoedas são legalizadas?

A legalidade das criptomoedas varia de acordo com o país. No Brasil, o Bitcoin e as demais criptomoedas são perfeitamente legais.

Esses ativos são reconhecidos inclusive pela Receita Federal, para termos de tributação e declaração, e pela Justiça brasileira sob a ótica de bens e direitos.

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Principais Criptomoedas

Existem mais de 5 mil tipos de moedas digitais. Veja, a seguir, as principais criptomoedas em valor de mercado:

Bitcoin (BTC)

Primeira e principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin foi criado em 2008 por Satoshi Nakamoto.

A quantidade máxima estabelecida de unidades de bitcoin no mercado é de 21 milhões. Atualmente estão em circulação cerca de 18,6 milhões bitcoins.

Essa moeda digital ainda é insuperável em termos de preço, base de usuários, liquidez, segurança e valor de mercado.

Para se ter uma ideia, recentemente o preço do ativo superou os US$ 50 mil e bateu novo recorde com quase US$ 1 trilhão em valor de mercado.

Ethereum (ETH)

Ethereum é uma plataforma descentralizada que executa contratos inteligentes.

Criado em 2014, foi lançado juntamente com a criptomoeda ether, atualmente a segunda maior criptomoeda em valor de mercado.

Em fevereiro a criptomoeda ultrapassou o valor de US$ 1,5 mil.

Bitcoin Cash (BCH)

Originária de um fork do blockchain do Bitcoin, o Bitcoin Cash foi criado em agosto de 2017 e permite transações de blocos maiores.

Dessa forma, possibilita um maior volume de transações, em menor tempo e menor custo.

Bitcoin SV (BSV) 

Cisão do Bitcoin Cash, criada em 2018 pela empresa nChain, o Bitcoin SV  tem por objetivo de resgatar o protocolo original do Bitcoin, concebido originalmente por Satoshi Nakamoto.

Litecoin (LTC)

A criptomoeda Litecoin é baseada protocolo do Bitcoin e tem como objetivo fazer transações mais rápidas através de um novo algoritmo de mineração.

Com isso, facilitou a criação de novas criptomoedas, como Dogecoin (DOGE) e Feathercoin (FTC). 

Ripple  (XRP)

A Ripple é uma criptomoeda com uma rede patenteada para pagamentos digitais.

Por meio dela, é possível realizar pagamentos em qualquer moeda, inclusive Bitcoin, o que a torna popular entre os investidores.

Tether (USDT)

Também chamado de “moeda estável”, o Tether tem como principal diferencial ter seu valor equiparado ao dólar.

Assim, mesmo apresentando uma certa “estabilidade” do preço, não perde as características de uma criptomoeda.

Dash (DASH)

Derivada de um fork do Bitcoin, a DASH dispõe da ferramenta PrivateSend, que permite tornar anônimas as transações realizadas por seus usuários.

Ao misturar múltiplas transações em uma só, não é possível identificar quem recebeu DASH e nem a quantia enviada.

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Vantagens de investir em criptomoedas

As criptomoedas possuem uma lógica bastante sofisticada de funcionamento e algumas delas, podem oferecer algumas vantagens:

Rapidez e liberdade de pagamento

O processo de transferência de ativos digitais é muito simples e rápido. Basta alguns cliques que é possível enviar ou receber qualquer valor instantaneamente em qualquer lugar.

Apesar de não existirem fisicamente, muitos estabelecimentos já aceitam o bitcoin para transações do dia a dia.

Com a popularização, a tendência é que cada vez mais lugares passem a receber criptomoedas como forma de pagamento.

Taxas baixas

Pagamentos realizados com moedas digitais são processados com taxas baixas ou até isentas.

Para o comércio em geral, existem serviços realizados com custos menores do que os dos métodos tradicionais, como PayPal ou redes de cartão de crédito.

As criptomoedas não estão sujeitas às taxas de câmbio, taxas de juros, encargos de transação ou outras taxas impostas por um país específico. Dessa forma, a transação entre países é facilitada.

Segurança

Nas transações com criptoativos, apenas o hash da transação e o número do bloco são compartilhados. Demais detalhes do processo como nome e valor são mantidos em sigilo.

Isso é uma solução ideal se você tiver receio de fornecer muitos dados pessoais na internet devido ao alto risco de roubo de identidade.

Privacidade

Uma das principais características das criptomoedas é que elas não são controladas por uma autoridade, como um governo ou instituição financeira.

Por causa dessa descentralização o registro das operações é feito por chaves privadas. 

Dessa forma, as duas partes da transferência ficam protegidas, já que são as únicas que têm a chave.

Potencial de valorização

Devido à grande volatilidade, as criptomoedas podem oferecer uma alta margem de lucro. 

No último ano, por exemplo, o bitcoin valorizou cerca de 400%.

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Riscos de investir em criptomoedas

Se por um lado as criptomoedas oferecem vantagens, por outro, quem aposta no mercado de moedas digitais precisa estar atento para alguns riscos e desvantagens específicas desse segmento.

Grau de aceitação

Por mais que as criptomoedas estejam se popularizando, ainda é uma quantidade muito pequena de estabelecimentos que aceitam essa forma de pagamento.

Além disso, não há qualquer garantia de que as moedas digitais virem um meio de troca no futuro.

Volatilidade

Grandes oscilações nos preços não são raras em moedas digitais. Isso acontece porque o preço flutua de acordo com as forças de oferta e demanda.

Como são ativos descorrelacionados,  não há como calcular o valor real do bitcoin.

A recente visibilidade do Bitcoin, por exemplo, atraiu muitos novos usuários e acabou sobrevalorizando o ativo.

Enquanto alguns especialistas tratam esses ajustes como bolhas especulativas, outros acreditam que o amadurecimento do mercado e do sistema tendem a reduzir a volatilidade ao longo do tempo.

O fato é que é muito difícil prever o que irá acontecer.

Atualmente, as criptomoedas são consideradas um dos ativos mais voláteis do mercado financeiro. Por isso, antes de investir, reflita se você está disposto a correr esse risco.

Golpes Financeiros

Aproveitando a explosão das criptomoedas nos últimos anos, diversos golpistas surgiram no mercado oferecendo promessas de ganhos fáceis e garantidos para seus clientes. 

Seja atraindo investidores para um esquema Pozi, uma plataforma de negociação falsa ou oferecendo um “nova criptomoeda revolucionária”, criminosos roubam o dinheiro dos clientes. 

Como investir em criptomoedas

Se você está confiante de que investir em criptomoedas vale a pena, a recomendação é começar devagar e destinar apenas uma pequena parte do seu patrimônio, não superior a 5% do capital. 

Uma carteira diversificada é a melhor maneira de proteger o seu patrimônio em busca de ganhos de longo prazo.

A principal forma de investir em Bitcoins e outras criptomoedas é por meio de corretoras especializadas, chamadas de exchanges.

Há ainda a possibilidade de comprar criptomoedas diretamente de uma pessoa  que a detenha, porém, isso é muito mais arriscado.

O ideal é buscar exchanges, de preferência com sede no Brasil. Assim, caso aconteça algum problema, você tem a chance de ter algum tipo de proteção do Judiciário.

É preciso ter cuidado para garantir a propriedade da moeda digital. O acesso às criptomoedas só é possível através de uma chave privada e uma chave pública, compartilhada com quem fará uma transferência a você.

Se você não tem as chaves privadas, não tem a criptomoeda.

Também é possível investir comprando cotas de fundos de criptomoedas, disponíveis em corretoras de valores. Nesse caso, você conta com um profissional dedicado a encontrar oportunidades de compra e venda de criptoativos.

Veja passo a passo como investir em criptomoedas:

1- Abra conta em uma exchange

O primeiro passo para investir diretamente em criptomoedas é abrir uma conta em uma corretora especializada, também conhecidas como "exchanges". 

Estas entidades atuam como uma plataforma que aproxima vendedores e compradores.

De modo similar com o que acontece na compra e venda de ações, após abrir sua conta você precisa transferir o dinheiro para a conta da corretora e aí sim começar a operar.

Escolha uma Exchange com um bom histórico e reputação. Isso pode fazer grande diferença na segurança das operações.

Analise também as ofertas e as moedas disponíveis, taxas e liquidez de cada corretora especializada.

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2- Proteja sua carteira

Como são ativos digitais, as criptomoedas podem estar vulneráveis a falhas humanas, dos computadores e ataques.

Por isso, armazene sua wallet em um lugar seguro e realize backups regularmente.

3- Estude e se mantenha informado

Outro ponto fundamental para começar a investir em criptoativos é buscar conhecimento e se manter informado sobre os movimentos e novidades do mercado.

Dessa forma, poderá ter mais artifícios para reduzir os riscos desse tipo de investimento.

Imposto de renda em criptomoedas

Assim como outro qualquer outro investimento, as aplicações em moedas digitais também sofrem tributação e precisam ser declaradas junto aos órgãos competentes.

Com o objetivo de combater a sonegação fiscal e a remessa ilegal de recursos para o exterior, foram estabelecidas algumas regras para as exchanges e todos aqueles que transacionam criptomoedas.

Dessa forma, todas as exchanges presentes em território nacional precisam informar à Receita Federal todas as operações executadas por meio dos seus sistemas, sem limite de valor.

Para os investidores, os rendimentos e lucros oriundos das criptomoedas estão isentos de IR até o valor de R$ 35 mil.

Em operações acima de R$ 35 mil as vendas devem ser declaradas e tributadas mês a mês, por meio do DARF (documento de arrecadação federal), para cada mês em que houver imposto a pagar.

Da mesma forma como ocorre com o investimento em ações, a alíquota sobre o lucro obtido com a venda das criptomoedas é de 15%.

Já o saldo em criptomoedas deve ser declarado na ficha Bens e Direitos, no campo “Outros Bens e Direitos”, item 99. Declare sempre o preço de custo.

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Vale a pena investir em criptomoedas?

Por mais que possa oferecer uma oportunidade de ganhos acima da média, o investimento em criptoativos é de alto risco, com muita volatilidade e, portanto, requer cautela.

Por conta do futuro incerto e da incapacidade de estipular seu valor real, o investimento em criptomoedas é muito mais especulativo.

As chances de você perder dinheiro no curto prazo são enormes. Por isso, você considera realmente uma oportunidade, aloque apenas uma pequena parcela dos recursos.

Certifique-se também se esse tipo de investimento é para o seu perfil de investidor, ou se você não suporta esse risco. Faça aqui o teste de perfil para descobrir.

Apenas o profundo conhecimento das criptomoedas e do funcionamento desse mercado vai permitir que você opere de modo a reduzir os riscos.

Em geral:

  • Comece pequeno, uma vez que esse mercado é muito específico e tem uma dinâmica diferente dos demais;
  • Entenda o básico do conceito do blockchain e das diferentes criptomoedas;
  • Esteja preparado para a grande volatilidade, já que não há nada que suporte o preço, a não ser a lei da oferta x demanda, e o fato de que existe um número limitado de ativos.