Após anos de briga na Justiça, os irmãos Léo e Clarice Steinbruch, primos de Benjamin Steinbruch, terão participação direta na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

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A decisão encerra um imbróglio judicial de cerca de cinco anos na Justiça, que ocorria no coração da Vicunha, que controla a CSN (CSNA3) e outros negócios da família Steinbruch.

Os irmãos Benjamin, Ricardo e Elisabeth Steinbruch - representados pela holding Rio Purus - estavam em rota de colisão com os primos, da CFL Participações, ao menos desde 2018.

A CFL Participações tentava havia anos acabar com o acordo de acionistas da holding da família Vicunha Steel, que estava em vigor havia quase 30 anos e que controlava a CSN com cerca de 50,3% das ações com direito a voto na siderúrgica, uma das maiores do País.

Além da CSN, a família é dona do banco Fibra, de imóveis, de um haras, da Vicunha Têxtil e de fazendas, entre outros ativos.

Outro ativo listado dos Steinbruch é a CSN Mineração (CMIN3), empresa que concentra as minas da empresa, com a Casa de Pedra, em Minas Gerais. 

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Divisão de ações 

Com o acordo, todo o desenho societário da CSN será alterado. Com isso, a CFL, que possui cerca de 40% das ações com direito a voto da Vicunha Steel, passará a ter 10,25% de participação direta na CSN.

A Rio Purus, de Benjamin e irmãos, por sua vez, deterá 40,99% na empresa, ainda via holding.

"Com o fim das disputas entre Rio Purus e CFL e o acordo de acionistas, a signatária (no caso a Rio Purus) prevê que não haverá mais controvérsia sobre o exercício do controle", diz fato relevante enviado pela CSN ao mercado.

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A operação, segundo comunicado enviado pela CSN, ainda depende de aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para ser implementada.

Foi estabelecido ainda um período de bloqueio para a venda das ações da CSN por parte dos primos, por um prazo de nove meses.

Caso decidam futuramente pela venda, a Vicunha Steel, que agora pertence apenas a Benjamin e seus irmãos, terá direito de preferência na compra.

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Em seu comunicado, no entanto, a CFL deixa claro que seu objetivo é de "investimento na sociedade".

Segundo o documento enviado ao mercado, as partes se comprometeram a votar favoravelmente na aprovação de contas deste ano, além de dar aval aos dividendos que serão distribuídos.

A CFL se comprometeu também a acompanhar o voto da Vicunha - ou se abster - em votações sobre os cargos de administração da CSN, o que na prática significa que não criará problemas para que Benjamin Steinbruch seja mantido na presidência. 

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Formação da sociedade 

O conglomerado da família Steinbruch, que inclui a CSN e a Vicunha, foi criado nos anos 1960 pelos irmãos Mendel (pai de Benjamin, Ricardo e Elisabeth), que faleceu em 1993, juntamente com Eliezer (pai de Clarice e Léo).

Os Steinbruch foram sócios do empresário Jacks Rabinovich, cuja sociedade foi desfeita em 2005. Os desentendimentos familiares se tornaram públicos com a morte de Eliezer, em 2008.

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O acordo de acionistas da família Steinbruch foi firmado em 1994, após a morte de Mendel.

Mesmo com fatias societárias diferentes, os herdeiros da família Steinbruch teriam o mesmo peso nas decisões dos negócios.

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Com mais participação, Benjamin sempre centralizou as decisões, para descontentamento dos primos.

Com isso, os primos tentaram dar início a um processo de desmembramento das empresas. Hoje, na Bolsa, a CSN vale cerca de R$ 20 bilhões.

Resultado da CSN no Terceiro Trimestre de 2022

resultado da CSN (CSNA3) no terceiro trimestre de 2022 (3t22), divulgado no dia 31 de dezembro, apresentou um lucro líquido de R$ 237,6 milhões no 3t22, apresentando uma queda de -81,8% no mesmo trimestre do ano anterior.

O Ebitda da CSN atingiu R$ 2,7 bilhões no 3t22, apresentando retração de -37% na comparação com o 3t21.

A margem Ebitda da CSN totalizou 23,9% no 3t22, apresentando retração de -16,7 ponto percentual na comparação com o 3t21. 

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Fonte: Estadão Conteúdo.