A Virgin Orbit, de Richard Branson, entrou com pedido de concordata sob o Capítulo 11 da lei de falência dos Estados Unidos, disse a empresa de foguetes em um comunicado nesta terça-feira (4).

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A medida ocorre depois da empresa não conseguir obter financiamento para continuar as operações.

"Embora tenhamos feito esforços consideráveis para melhorar nossa situação financeira e obter financiamento adicional, temos que fazer o que é melhor para a empresa",  disse Dan Hart, CEO da Virgin Orbit, em comunicado.

"Nesta fase, acreditamos que o processo do Capítulo 11 representa o melhor caminho a seguir para identificar e finalizar uma venda eficiente e maximizadora de valor".

A empresa de lançamento de satélites listou ativos de cerca de US$ 243 milhões e dívida total de US$ 153,5 milhões em 30 de setembro de 2022, de acordo com uma cópia do pedido de falência da empresa vista pelo Insider.

A Virgin Investments, outra empresa de Branson, forneceu US$ 31,6 milhões em novos fundos para a Virgin Orbit enquanto ela busca um novo comprador, de acordo com o comunicado da empresa.

O pedido de proteção contra falência significa que a empresa pode continuar operando enquanto tenta reestruturar suas dívidas. 

Branson e o Virgin Group apoiaram a Virgin Orbit a longo prazo, investindo mais de US$ 1 bilhão na empresa, incluindo US$ 60 milhões desde novembro de 2022, de acordo com um porta-voz da empresa.

"No entanto, esse financiamento significativo não foi suficiente para combater os fortes ventos contrários e os desafios de liquidez que a Virgin Orbit continua enfrentando", acrescentou o porta-voz.

Fundada por Branson em 2017, a Virgin Orbit tornou-se pública em uma fusão da SPAC em 2021. A empresa foi desmembrada da Virgin Galactic, empresa de turismo espacial.

A Virgin Orbit se especializou no lançamento de pequenos satélites e já colocou 33 deles em órbita com sucesso, segundo a empresa. Em janeiro, seu foguete de 21 metros, lançado de um Boeing 747 na costa da Cornualha (Reino Unido), não conseguiu alcançar sua órbita no início de janeiro, causando a perda dos nove satélites que carregava e precipitando a queda da Virgin Orbit.

A empresa anunciou na quinta-feira passada que estava demitindo 85% de sua equipe e encerrando as operações "no futuro próximo", de acordo com o áudio de uma reunião geral obtida pela CNBC.

O preço das ações da Virgin Orbit caiu 27% nas negociações de pré-mercado. As ações caíram 90% até agora este ano.

Fonte: Business Insider

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