A Espaçolaser (ESPA3), empresa de estética e beleza, anunciou na noite da última segunda-feira (19), a aprovação de duas emissões de debêntures, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 733 milhões.
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O objetivo da empreitada é refinanciar as dívidas da empresa e realizar o resgate antecipado das debêntures anteriores.
Com o alongamento do endividamento, a Espaçolaser pretende usar o dinheiro em caixa para voltar a investir em sistemas de tecnologia e na infraestrutura de suas lojas.
“A gente está primeiro liquidando a dívida atual que era de três anos. Agora, ela passará de três para cinco anos. E estamos fazendo um alongamento porque cabe melhor dentro do fluxo de geração de caixa da empresa, mas também porque a gente precisa voltar a investir no negócio”, diz Magali Leite, diretora de relações com investidores ao IM Business.
“A gente tem previsto um plano de investimento voltado à atualização do nosso parque tecnológico, com investimento em novos softwares e tecnologias; e investimento em toda a estrutura de ativo fixo do negócio, como equipamentos que ocupam as lojas e unidades que precisem eventualmente de um retrofit.”
As debêntures, destinadas exclusivamente a investidores profissionais, terão remuneração de CDI mais 4,50% ao ano, com pagamento trimestral.
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A empresa fez seu processo de IPO em fevereiro de 2021, dando vazão a um plano que previa a destinação dos recursos captados para a transformação de algumas franquias em lojas próprias e o aumento de sua penetração no mercado internacional – tudo isso em meio a um cenário de fechamento parcial de unidades por conta da pandemia de Covid-19.
Com a chegada de Paulo Camargo, ex-McDonald’s Brasil, em 2022, a Espaçolaser tem buscado um caminho para a reestruturação do negócio com foco na expansão por meio de franquias.
Nos nove primeiros meses de 2023, a receita líquida da empresa cresceu 9% frente a igual período do ano anterior, para R$ 738 milhões.
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O lucro bruto, por sua vez, avançou 13,5% na mesma base de comparação, para R$ 300,5 milhões. A alavancagem do endividamento da empresa estava em 2,49 vezes ao fim de setembro de 2023, redução de 0,9 ponto percentual em relação a um ano antes.
“A primeira fase foi uma mudança profunda na estrutura entre custo e despesa do negócio, com muita renegociação e trabalho de otimização dos gastos da companhia.
A gente entendeu que apesar de a empresa estar com uma geração de caixa muito forte, convertendo um Ebitda alto, ela estava com uma dívida incompatível no prazo e na estrutura com o que se gera de rentabilidade.
Então, reunimos o sindicato, que já era credor da empresa, para negociar e conseguimos trazer dois novos credores, a Caixa e o Banco do Brasil. A gente conseguiu também mais um ano de carência para o pagamento principal e uma série de melhorias. Foi um processo bem orquestrado”, afirma Magali.
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