A Família Feffer construiu uma gigante mundial. São três gerações dedicadas à companhia de papel e celulose, Suzano (SUZB3).
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A história da segunda maior produtora global de celulose teve início com o patriarca Leon, um imigrante ucraniano que desembarcou no Brasil nos anos 1920.
Em sua loja no Brás, na região central de São Paulo, revendia a produção de papel de grandes empresas para lojas paulistas.
Anos depois, vendeu tudo o que tinha para montar uma fábrica deste produto no bairro do Ipiranga, que acabaria dando origem à Suzano Papel e Celulose.
O seu filho, Max Feffer, foi o grande responsável por revolucionar o mercado na década de 1950.
Ele foi pioneiro no uso do eucalipto, uma árvore abundante no Brasil, para a produção de papel, tornando o Brasil uma exportador de celulose.
Com as mortes de Leon, em 1999, e de Max, em 2001, a terceira geração da família entrou em cena com os quatro irmãos, David, Daniel, Jorge e Ruben Feffer herdando as ações.
O primogênito, David Feffer, esteve envolvido nos negócios da família desde muito cedo, e assumiu a companhia.
Na sua gestão, acelerou aquisições e consolidou a Suzano como uma das maiores produtoras de papel e celulose do mundo.
Conheça mais da Família Feffer e a trajetória dos herdeiros donos da Suzano.
Quem foi Leon Feffer?
Leon Feffer nasceu em Kolki, na Ucrânia, em novembro de 1902 e veio para o Brasil em 1920, juntamente com a mãe, um irmão e duas irmãs.
Ele se estabeleceu como comerciante em São Paulo, vendendo diversos tipos de mercadorias, entre eles o papel.
Em 1924, Leon Feffer obteve a aprovação de sua firma individual, data que marca a criação da Suzano Papel e Celulose, segundo o site da empresa.
Dezessete anos depois, entra em operação sua primeira fábrica de papel, no bairro do Ipiranga, em São Paulo (SP).
A partir da década de 1970, Leon começa a transição da liderança da Suzano para seu filho Max Feffer.
Leon Feffer faleceu em 1999, deixando sua marca na história do desenvolvimento do setor de papel e celulose no Brasil.
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Quem foi Max Feffer?
Max Feffer nasceu em 1926, em São Paulo, filho do imigrante fundador da Suzano Leon Feffer e Antonietta.
Desde jovem, Max colaborou com o pai na expansão do grupo e foi o responsável por inovações no setor de papel e celulose.
Nos anos 50, Max liderou equipes de pesquisas em busca de uma matéria-prima alternativa ao pinus para a produção de celulose.
Foi nessa época que a empresa adquiriu uma fábrica em Suzano para realizar testes.
Encontrou resultados satisfatórios com o eucalipto, iniciando a produção de celulose a partir da fibra de árvore em 1956, feito este que revolucionou a indústria de celulose no Brasil e no mundo.
Max também foi responsável pela diversificação e consolidação da Suzano com investimentos no setor Petroquímico e na profissionalização da gestão.
Em 1999, foi um dos responsáveis pela criação do Instituto Ecofuturo, organização não-governamental mantida pela Suzano que visa promover o desenvolvimento sustentável.
Max faleceu em 2001, com 74 anos, de infarto. Após sua morte, o Grupo Suzano passou a ser comandado por seus filhos David e Daniel Feffer.
Quem é David Feffer?
David Feffer é o filho mais velho de Max e atual presidente do Conselho de Administração da Suzano S.A e presidente executivo da Suzano Holding.
Desde muito jovem, David esteve envolvido com os negócios da família, visitando a fábrica com frequência ao lado do seu pai e seu avô.
Max se preocupava com o futuro, como contou David em entrevista à DINHEIRO. “Ele sempre dizia que a união faz a força. Debatendo a sucessão, meu pai acreditava que nós nos manteríamos unidos e garantiríamos a perenidade da Suzano”.
David começou a participar ativamente da empresa na década de 80, período em que se graduou no curso de administração de empresas, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Em 2001, assumiu o posto de presidente no grupo, época em que a empresa deu o maior salto de crescimento.
O maior feito de sua gestão foi o processo de compra do controle da Fibria, concluída entre o final de 2018 e início de 2019, que criou uma empresa líder mundial no mercado de celulose de fibra longa.
Com a nova estrutura da empresa, David tomou a difícil decisão de deixar o cargo de CEO e se tornar presidente do conselho de administração da empresa.
“Foi um momento bem difícil pra mim porque eu nasci, cresci e me preparei a vida inteira para fazer parte da liderança. Na hora que eu assumi a liderança, com esse novo modelo de gestão, eu tive que dar o exemplo e deixar de ser CEO”, afirma. “Tive que reconhecer que tem gente muito melhor do que eu para ser um presidente executivo”, disse em episódio do podcast Do Zero ao Topo.
David Feffer também é uma das pessoas mais ricas do mundo. Segundo a lista da Forbes 2023, a fortuna de David Feffer é estimada em US$ 1,2 bilhões. Valor que o coloca na 2259ª posição do ranking e o 26º brasileiro mais rico.
Quem é Daniel Feffer?
Daniel Feffer é o segundo filho de Max e atual vice-presidente do conselho de administração da Suzano Papel e Celulose.
Antes de ingressar na empresa de sua família, Daniel, que se formou advogado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, trabalhou como assistente de gabinete da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo.
Em 1982, estagiou no escritório de advocacia Idel Aronis e, dois anos mais tarde, se tornou assistente da diretoria da Suzano, depois gerente de comunicação e marketing da empresa de papel e celulose.
Daniel também está na lista da Forbes 2023 das pessoas mais ricas do mundo. Sua fortuna é estimada em US$ 1,1 bilhões, valor que o coloca na 2405ª posição do ranking mundial e o 27º brasileiro mais rico, empatado com seu irmão Ruben.
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Quem é Jorge Feffer?
Jorge Feffer é o terceiro dos quatro filhos de Max e ex-membro do Conselho da Suzano Papel e Celulose.
Segundo reportagem do Valor, da Globo, ele doou suas ações da Suzano para seus filhos.
Jorge é formado em administração e tem a maior parte de sua carreira voltada ao trabalho na Suzano, passando por diversas funções com destaque para o cargo de Diretor Vice-Presidente Corporativo da Suzano Holding S.A., entre 2013 e 2015.
Quem é Ruben Feffer?
O caçula Ruben Feffer não está diretamente envolvido na holding familiar. Ao invés disso, ele se dedica à carreira musical, sendo compositor de trilhas sonoras para o cinema.
