A decisão da Petrobras (PETR4) de não pagar os dividendos extraordinários para seus acionistas gerou um rombo de mais de R$ 50 bilhões no valor de capital da petroleira na bolsa de valores.

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Desde a última sexta-feira, dia 8, os papéis ordinários da companhia caíram quase 10%, causando pressão no Ibovespa.

Para Marcelo Mesquita, conselheiro independente da Petrobras, é errado o governo, como controlador, transformar a discussão do tema em um debate público.

Não dá para ficar dizendo ora que vai pagar, ora que não quer pagar [os dividendos]. Isso gera volatilidade em uma ação que representa quase 15% do índice. Isso é péssimo para a bolsa, péssimo para o país e péssimo para a empresa”, afirma ele, ao IM Business.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já havia “ameaçado” atacar o pagamento de dividendos da companhia anteriormente.

Lula defende que a petroleira use sua geração de caixa para financiar investimentos com capital próprio, em vez de repassar parte dos lucros aos acionistas.

Mesquita, no entanto, vê a questão de modo diferente: “Não é como se a empresa não estivesse investindo por estar pagando dividendos. O capital para investimento da Petrobras é brutal. São US$ 15 bilhões por ano. É o maior investimento de uma empresa na América Latina.”

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Para o conselheiro independente, o governo, como controlador, poderia endossar o pagamento dos dividendos da companhia como forma de abater a dívida pública do país.

Quando você abate a dívida pública você permite que a Selic caia e você permite depois emitir mais dívida pública também para fazer outras coisas. Esse dinheiro não tem carimbo”, complementa Mesquita.

Em entrevista ao SBT nos últimos dias, o presidente Lula classificou o mercado financeiro como “um rinoceronte, um dinossauro voraz que quer tudo para ele e nada para o povo” e disse que não iria atender à “choradeira do mercado”.

Resultado da Petrobras no Quarto Trimestre de 2023 

Os resultados da Petrobras (PETR4) referente a suas operações do quarto trimestre de 2023 foram divulgados no dia 07 de março, apresentou um lucro líquido de R$ 31,2 bilhões no 4T23, baixa de -28,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

O Ebitda ajustado da Petrobras atingiu R$ 66,9 bilhões no 4T23, apresentando retração de -8,5% na comparação com o 4T22.

A margem Ebitda ajustada da Petrobras totalizou 50,0% no 4T23, apresentando crescimento de 4,0 pontos percentuais na comparação com o 4T22.

A margem bruta da Petrobras atingiu 54,1% no 4T23, apresentando crescimento de 5,8 pontos percentuais na comparação com o 4T22.

As ações da Petrobras (PETR4) acumulam queda de 8,53% na bolsa de valores nos últimos 7 dias e alta de 93,19% nos últimos 12 meses.

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Fonte: Infomoney.