O primeiro Exchange Traded Funds (ETF) do mundo comemora essa semana seu aniversário de 30 anos!
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Não sei se você se lembra onde estava no dia 22 de janeiro de 1993, mas nessa data o SPDR S&P 500 ETF (SPY), invenção da State Street Global Advisors, estreou na Bolsa AMEX.
Inicialmente, o SPY foi o primeiro ETF negociado diariamente em bolsa de valores.
Ele foi lançado com o objetivo ser uma opção para os investidores institucionais, que estavam preocupados em reduzir os riscos após a crise de 1987 e queriam um ativo para poder entrar vendidos (short) com lastro.
O SPDR ETF original estreou com apenas US$ 6,5 milhões em ativos.
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Hoje, tornou-se o maior ETF do mundo, com mais de US$ 350 bilhões em ativos sob gestão e volume médio diário de negociação de 90 milhões de ações/cotas.
O ETF mais próximo dos grandes valores do SPDR ainda está com menos de US$ 70 bilhões atrás.
A frase “quem chega primeiro bebe a água mais limpa” nunca soou tão verdadeira. Hoje, a indústria de ETF cresceu para quase 3.100 fundos com US$ 6,5 trilhões em ativos.
No entanto, o caminho para o sucesso dos ETFs foi acidentado.
Poucos poderiam ter previsto que o lançamento do SPDR levaria a uma revolução do setor de investimentos e que acabaria desafiando todo o setor de fundos.
Nos primeiros dias, o SPDR e os ETFs como ele foram acusados de serem ativos especulativos que seduziam os investidores a fazer day traders.
O fundador da Vanguard, John Bogle, fez críticas contra os ETFs, argumentando: “Um ETF é como entregar um fósforo a um incendiário”.
Durante a crise financeira de 2008, muitos críticos concordaram em afirmar que os ETFs amplificariam o declínio acentuado nos preços dos ativos.
Inclusive, muitos esperavam que o volume destes ativos cairiam, mas aconteceu exatamente o contrário.
Ao longo do tempo, investidores e consultores financeiros ignoraram os barulhos negativos e alocaram cada vez mais recursos em ETFs.
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Logo, as alegações provaram estar erradas, à medida que a integridade estrutural dos ETFs se tornava mais clara e os investidores mais seguros.
Com o crescimento gradual da indústria, ela se tornou imprescindível na construção de portfólios dos grandes investidores de sucesso, independente do momento econômico.
Isso criou um ditado: “Bull markets são bons para ETFs, mas bear markets são ainda melhores para os ETFs”.
Entre as vantagens dos ETFs, essa classe de ativos tornou mais fácil, líquido e eficiente em termos fiscais para todos investirem.
Eles também permitiram que os investidores iniciantes pudessem escolher entre centenas de classes e temas de ativos diferentes, nos quais não podiam investir facilmente antes dos ETFs.
E o que vem a seguir para a indústria de ETFs?
ETFs setoriais, temáticos, alavancados, invertidos, single name, e muito mais!
Ou seja, os próximos 30 anos para o mercado de ETF provavelmente serão muito diferentes dos primeiros.