Aprender sobre o mercado de derivativos abrirá novas possibilidades para proteger sua carteira de investimentos e lucrar na Bolsa de Valores.

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O mercado de derivativos é um dos que mais chamam a atenção de quem está iniciando na renda variável por sua complexidade e diferentes formas de aplicação.

Os derivativos são instrumento que permitem ao investidor assumir tanto uma posição de especulador, buscando o lucro, quanto de “hedger” para proteger suas operações.

Como o próprio nome sugere, eles “derivam” de outros ativos, ou seja, seu preço segue a referência de outro valor de mercado, seja físico ou determinado índice financeiro.

Soja, café, boi gordo, dólar, ouro são alguns exemplos. Derivativos de energia elétrica devem ser lançados no próximo mês.

A plataforma eletrônica de negociação de energia BBCE obteve o aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ofertar derivativos de energia.

Esses contratos são puramente financeiros e não estão atrelados à entrega física do produto.

Conheça como funcionam os derivativos, os tipos mais comuns e como usá-los para se proteger ou para lucrar no mercado.

O que é derivativo financeiro?

Derivativos são instrumentos financeiros cujo preço deriva de outro ativo, taxa de referência ou índice de mercado.

Existem derivativos de ativos físicos, como boi gordo, soja, café ou financeiro, como ações, taxas de juros, índices e moedas.

Assim, quem negocia uma commodity, por exemplo, o contrato de boi gordo, não negocia o animal em si, mas um contrato baseado no seu valor no mercado à vista.

O mesmo acontece ao negociar dólar futuro. Você não está comprando ou vendendo a moeda em si, mas o valor da moeda.

As operações derivativas mais conhecidas são as do mercado a termo, mercado futuro, mercado de opções e operações de swaps.

Tipos de derivativos

Os quatro principais tipos de derivativos disponíveis para negociações através da bolsa de valores são:

  • Mercado a termo;
  • Mercado futuro;
  • Mercado de opções;
  • Swaps.

Mercado a Termo

Consiste no compromisso de compra ou venda de um ativo firmado entre dois investidores com características e regras pré-definidas para liquidação em uma data futura.

Dessa forma, ambas as partes ficam vinculadas até a liquidação do contrato.

Devendo o comprador do termo levar o contrato até o final do prazo contratado e pagar pelo ativo objeto. Ou encerrá-lo antes, mas sem nenhuma dedução.

E o vendedor, levar o contrato até o final e entregar o ativo objeto.

Mercado Futuro

Através dos contratos futuros os participantes se comprometem a comprar ou vender certa quantidade de um ativo por um preço estipulado para a liquidação em data futura.

Diferente do mercado a termo, no mercado futuro os contratos são ajustados diariamente.

Ou seja, os lucros e perdas são contabilizados todos os dias enquanto estiver com o contrato.

Mercado de Opções

No mercado de opções negocia-se o direito (mas não a obrigação) de comprar ou de vender um ativo por um preço e prazo predeterminados.

O comprador da opção é chamado titular e terá o direito do exercício.

O vendedor da opção, também chamado lançador, terá a obrigação de atender ao exercício caso o titular opte por exercer seu direito.

Swaps

Um contrato de swap é um acordo em que dois investidores negociam a troca do índice de rentabilidade entre dois ativos.

Na prática, as partes assumem posicionamentos contrários. O objetivo é reduzir os riscos e aumentar a previsibilidade da operação

Por exemplo, se determinada empresa troca a rentabilidade do CDI contra o dólar, ela está se defendendo da alta dessa moeda.

Já a outra parte compra o retorno do CDI e vende a variação do dólar, se defendendo da queda da moeda.

Como funciona o mercado de derivativos?

Os derivativos, em geral, são negociados por meio de contratos padronizados nas bolsas de valores.

Neles está especificada a quantidade, prazo de liquidação e forma de cotação do ativo. Tudo para garantir segurança de ambas as partes.

Os derivativos são negociados tanto no mercado de balcão quanto em Bolsas.

Para que servem os derivativos?

Os derivativos podem ser utilizados de muitas formas no mercado, mas as principais são para proteção (hedge) e especulação

Proteção

Um derivativo pode ser usado com uma espécie de seguro de preço, com o objetivo de proteger o valor de um ativo de variações que possam acontecer no futuro.

Em outras palavras, ele permite fixar antecipadamente o preço de uma mercadoria ou ativo financeiro e diminuir o impacto de uma eventual mudança no nível de preços do mercado.

A proteção proporcionada pelos derivativos é chamada de hedge.

Dessa forma, quem faz um hedge está mais interessado em evitar perdas do que em lucrar com as operações.

Um exemplo de uso de derivativos para proteção são as empresas nacionais que possuem dívidas em dólar.

Para evitar uma possível alta na cotação da moeda, elas optam por comprar contratos futuros de dólar.

Assim, mesmo que a cotação suba, elas possuem o direito de negociar a moeda pelo valor pré-determinado.

Dessa forma, é possível prever o custo das dívidas no futuro.

Outro exemplo comum é o do agronegócio. Para se proteger, o agricultor pode emitir contratos de venda da commodity e “trava”, o preço de venda das mercadorias.

Evitando assim, possíveis perdas por uma queda das cotações.

Especulação

Ao contrário do hedger, que busca proteger suas operações, o especulador utiliza os derivativos para tentar lucrar com as diferenças de preços de aquisição e venda de cada contrato.

Para um especulador, não importa o ativo negociado, mas sim as oscilações de preços.

Muitos se desfazem da posição no mesmo dia (day trade) ou em semanas (swing trade).

Arbitragem

A arbitragem é uma operação na qual o investidor visa realizar o lucro sobre a diferença de preços do mesmo ativo em diferentes mercados.

Além dos derivativos, as operações de arbitragem podem envolver outros ativos e negociações no mercado à vista, por exemplo.

Essa operação somente é possível porque o processo de formação de preços não é perfeito entre diferentes mercados.

Como o lucro de cada operação costuma ser pequeno, os ganhos com arbitragem vêm da quantidade e do volume de compras e vendas.

Vantagens dos derivativos

Os derivativos podem oferecer proteção (hedge de carteira), como também possibilita altos retornos com especulação e alavancagem.

Outra vantagem é a possibilidade de investir em qualquer tendência de mercado, tanto na alta quanto na baixa dos mercados.

Proteção (hedge)

As operações com derivativos são formas de se proteger de oscilações bruscas dos preços.

Alavancagem

Além do hedge, quem está disposto a assumir mais riscos em troca de maior rentabilidade também pode utilizar de estratégias com derivativos.

Uma delas é a alavancagem, na qual pode-se apostar sem ter toda a quantia disponível no momento.

Diversificação

Como os derivativos abrangem diferentes ativos e mercados, são uma ótima forma de diversificar investimentos.

Desvantagens dos derivativos

Se por um lado a especulação com derivativos possibilita lucros maiores, os prejuízos também aumentam caso a operação não tenha o resultado esperado.

Exige maior conhecimento

Como envolve maiores riscos, o mercado de derivativos não é indicado para iniciantes e exige maior conhecimento do seu funcionamento para que seja usado corretamente.

Maior risco

Além de potencializarem os ganhos, os derivativos também potencializam prejuízos caso a operação não seja bem planejada ou siga o rumo contrário do esperado pelo especulador.

Como investir no mercado de derivativos

Quer operar derivativos? Então siga esses passos para fazer negociações bem-sucedidas com esses instrumentos financeiros:

1- Conheça seu perfil de investidor

O mercado de derivativos não é indicado para iniciantes nem para perfis conservadores, pois exige mais conhecimento e tolerância ao risco.

Por isso, antes de se aventurar nos derivativos, faça o teste do perfil de investidor para identificar qual a sua reação mais provável diante de cada cenário que pode ocorrer.

Avalie também quanto tempo tem para se dedicar ao mercado de derivativos.

Por envolverem um nível de complexidade maior que outros instrumentos de renda variável, como as ações, normalmente eles exigem um acompanhamento mais próximo.

2- Abra uma conta na corretora de valores

Negociar derivativos exige ter uma conta em uma corretora de valores.

Essas instituições realizam a intermediação das operações entre os investidores e a B3.

Confira nossos post sobre como escolher uma corretora confiável e as melhores corretoras do Brasil.

3- Defina uma estratégia

Qual o seu interesse nos derivativos? Proteção para a carteira ou para uma posição de investimento específica?

Ou especular e buscar lucrar com as pequenas variações de preços no curto prazo?

Quando isso estiver claro, busque os derivativos que mais se adequam ao que deseja.

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Investir em Derivativos Vale a Pena?

Os derivativos fazem parte do mercado de opções, mercado a termo e mercado futuro e exigem um nível de conhecimento mais avançado da renda variável.

Enquanto ao comprar uma ação, você está comprando parte de uma empresa e tornando-se sócio dela.

A lógica simples é que ganhará com sua valorização e perderá quando o preço do papel cair.

Já em derivativos é diferente. O investidor pode apostar tanto na queda quanto na alta do preço de um ativo.

Se por um lado o mercado de derivativos é muito importante para mitigar diversos tipos de riscos.

Por outro, a utilização dessas ferramentas exige muita responsabilidade e cautela.

Operar de forma alavancada ou sem o devido conhecimento pode acarretar perdas significativas.

Antes de investir é necessário conhecer o seu perfil de investidor para fazer uma boa alocação de ativos e se expor a níveis adequados de risco.

Descubra seu perfil de investidor nesse teste online de perfil de investidor.

Não deixe de conferir nossos artigos e conhecer mais sobre investimentos e suas estratégias.