O que você espera dos criadores da Dogecoin (DOGE), a quarta maior criptomoeda em valor de mercado que tem crescido em um ritmo inacreditável até o momento, de cerca de 1.400%?

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A ascensão meteórica da moeda meme tornou muitas pessoas ricas. Um usuário do Reddit anunciou recentemente que a criptomoeda o tornou um milionário em apenas dois meses.

Dito isso, é natural que você acredite que a Dogecoin tenha transformado a vida de seus criadores, certo? 

Diferente dos outros bilionários das criptomoedas, como o cofundador da Ethereum (ETH), Vitalik Buterin, os criadores da Dogecoin não são ricos.

Os nomes por trás da criptomoeda sensação do momento são os engenheiros de software Billy Markus e Jackson Palmer, que criaram a DOGE em 2013, mas acabaram saindo do projeto em 2015.

Cansado do assédio de fanáticos da comunidade de moedas digitais, Billy Markus, vendeu todas as suas moedas para comprar um Honda Civic usado.

Os dois vivem suas vidas tranquilas, afastadas dos holofotes e sem mais nenhuma DOGE.

Eles não poderiam imaginar que a criptomoeda que começou como uma piada alcançasse uma capitalização de mercado de US$ 45 bilhões, capaz de comprar a empresa Honda (HOND34) duas vezes.

Elon Musk é um dos apoiadores do DOGE e tuita sempre sobre a criptomoeda. 

Recentemente disse estar conversando com desenvolvedores para melhorar a eficiência das transações.

Porém, nem os próprios criadores da Dogecoin não encontram respostas para a ascensão da criptomoeda e se dizem surpresos com o rumo que está tomando.

Para entender um pouco mais, veja quem são os criadores da Dogecoin, por que se afastaram do projeto e o que fazem agora.

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Criação da Dogecoin

A criptomoeda Dogecoin (DOGE) foi criada pelos engenheiros de software Billy Markus e Jackson Palmer, em 2013.

Na época, Markus trabalhava para a IBM em Portland, Oregon, enquanto Palmer era membro do Departamento de Marketing de Sistemas da Adobe (ADBE34) em Sydney.

Markus tweetou em tom de brincadeira: "Investir em Dogecoin, tenho certeza de que é o próximo grande lance."

Depois de receber várias menções no Twitter, Palmer comprou o domínio dogecoin.com e adicionou uma tela inicial, que mostrava o cachorro da raça Shiba Inu e a frase: "Dogecoin é uma moeda digital ponto a ponto de código aberto, a preferida dos Shiba Inus no mundo todo".

Markus viu e entrou em contato com Jackson Palmer e os dois começaram a desenvolvê-lo juntos. 

Em 6 de dezembro de 2013 a “moeda da piada” foi lançada. O site recebeu mais de um milhão de visitantes nos primeiros 30 dias.

Os dois pretendiam que a criptomoeda não fosse nada mais do que diversão, mas com o passar dos anos, a comunidade cresceu e ficou difícil para eles preservarem a ideia inicial.

Em 2018, Palmer declarou à Decrypt que a Dogecoin “Foi sempre como um projeto de hobby, como um projeto paralelo.”

No entanto, a criptomoeda se valorizou e, embora isso tenha enriquecido muitas pessoas, os próprios criadores não são uma delas.

“Enriqueci muita gente, mas não saí com nenhum dinheiro. Posso contar às pessoas que criei a Dogecoin, o que é divertido. ”

O patrimônio líquido dos criadores da Dogecoin é desconhecido, pois os dois tendem a ficar fora dos holofotes e redes sociais.

Saída de Billy Markus da Dogecoin

O cofundador da DOGE, Billy Markus, disse que abandonou o projeto em 2015 por causa do assédio da comunidade e por não se sentir confortável com a direção que estava indo.

Com problemas financeiros ao ser demitido de seu emprego na época, decidiu vender todas suas moedas.

Ele usou o dinheiro que ganhou com a venda dos ativos para comprar um Honda Civic usado.

Em carta aberta, Markus escreveu:

“Atualmente, não possuo nenhuma Dogecoin, exceto o que me foi dado recentemente. Eu doei ou vendi todas as criptomoedas que tinha em 2015 depois de ser demitido e preocupado com minhas economias cada vez menores na época, foi o suficiente para comprar um Honda Civic usado.”

Ele continua:

“Não estou tendo dificuldades – trabalho em tempo integral como engenheiro de software – mas estou mencionando isso para esclarecer as coisas, já que existem muitas suposições incorretas sobre meu envolvimento e participação no projeto.”

Atualmente, Markus, de 38 anos, leva uma vida tranquila longe dos holofotes e trabalha como engenheiro de software para uma empresa de educação na área da Baía de São Francisco.

Ele afirma que vê na internet postagens aleatórias dizendo que ele está rico, mas nega.

“Eu vejo essas bobagens na Internet dizendo que tenho todo esse dinheiro. Legal, mas onde está? Sou uma pessoa normal que trabalha. Não estou com problemas nem nada, mas não sou rico.”

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Saída de Jackson Palmer

Também em 2015, Jackson Palmer anunciou que tiraria uma “licença prolongada” da comunidade Dogecoin.

Chamou o ambiente de “tóxico”, “dominado por homens brancos” e marcado por “ideias de negócios cheias de palavras da moda”.

Em 2018 ele voltou por um breve momento para o setor. Naquele ano disse para a Vice:

“É ótimo ver o entusiasmo sobre as criptomoedas, mas o foco contínuo no preço e no potencial de ‘enriquecimento rápido’ desvia os objetivos louváveis ​​que projetos como o bitcoin definem”.

Ele concluiu com a pergunta: 

“Assim que a bolha do preço da criptomoeda estourar e levar todo o hype com ela, será que a comunidade vai ser capaz de recuperar a energia de que precisa para construir uma tecnologia inovadora real mais uma vez?”.

Agora o programador leva uma vida anônima em São Francisco, onde trabalha como diretor de produtos da Adobe.

Depois de todo o barulho causado por Elon Musk no mercado das criptomoedas, o co-criador da DOGE voltou às redes sociais para criticar as atitudes do bilionário.

Ele escreveu em seu Twitter o que pensava sobre Elon Musk:

“Lembrem-se: Elon Musk é e sempre será um vigarista egoísta”.

Palmer disse em seguida que iria excluir o tweet e voltou a desativar a conta dizendo gostar da sua vida tranquila.

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O que os criadores da Dogecoin acham da explosão da moeda

Markus disse à Bloomberg que a Dogecoin e a onda gerada são surreais, considerando que ele e o cofundador Jackson Palmer criaram o token como uma piada.

Ele já chegou a dizer que se divertia com todo o trabalho que as pessoas fazem para apoiar a moeda e que “É divertido ver Elon Musk falar sobre isso.”

“Estou meio distante, mas é estranho que algo que criei em algumas horas agora faça parte da cultura da Internet”, disse Markus.

Em entrevista para a revista Newsweek, em 3 de abril de 2021, Bill Markus disse que:

“A Dogecoin mostra o poder da marca e realmente o poder dos memes, então de certa forma não estou surpreso com sua longevidade. Os parâmetros da moeda permitem que ela dure basicamente para sempre e fique relativamente segura para transações, e eu acho que o doge é de alguma forma um meme que nunca envelhece. As pessoas vão adorar cães para sempre. E shiba inus serão adoráveis sempre.”

Agora que a Dogecoin atingiu a capitalização de mercado de US$ 45 bilhões, Markus quer que as pessoas percebam que ele não faz mais parte do projeto e não pode limitar a oferta da moeda para ajudar que fiquem ricos.

Ele também questionou o verdadeiro valor da moeda afirmando não entender a crença de alguns que a DOGE pode valer um dólar.

Isso faria a moeda ter uma capitalização de mercado maior que grandes empresas dos EUA e questiona se a moeda criada como uma piada merece isso.

“As pessoas estão dizendo que DOGE vai para US$ 1. Isso tornaria a capitalização de mercado maior do que as empresas de serviços reais para milhões, como a Boeing, Starbucks, American Express, IBM. A Dogecoin merece isso? Não consigo entender, muito menos tenho resposta.”

Como e por que a criptomoeda se valorizou tão rápido, é um mistério até mesmo para os criadores.

“Talvez seja porque a Dogecoin pode ser um bom termômetro de quão longe as coisas podem se distanciar da realidade”, disse Markus.

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