A Rússia emitiu seus comentários mais contundentes sobre o corte do fluxo de gás natural da para a Europa, dizendo que o fornecimento não será retomado até que o "Ocidente coletivo" suspenda as sanções.

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"Problemas com o fornecimento de gás surgiram por causa das sanções impostas ao nosso país por países ocidentais, incluindo Alemanha e Grã-Bretanha", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, durante uma teleconferência, informou a Reuters na segunda-feira.

"Vemos tentativas incessantes de transferir a responsabilidade e a culpa para nós. Rejeitamos isso categoricamente e insistimos que o Ocidente coletivo - neste caso, a UE, o Canadá, o Reino Unido - é o culpado pelo fato de que a situação chegou ao ponto em que é agora", acrescentou Peskov, segundo a Reuters.

Peskov acrescentou que o oleoduto Nord Stream 1 retomaria "definitivamente" seu fornecimento para a Europa se as sanções fossem aliviadas.

Antes de desligar completamente seu fornecimento na sexta-feira passada, a gigante estatal russa de gás Gazprom já vinha diminuindo os fluxos de gás natural através do Nord Stream 1 há alguns meses. 

A empresa e o Kremlin insistiram consistentemente que a desaceleração dos fluxos de gás se deveu a razões técnicas.

A parada completa no Nord Stream 1 fez com que os futuros de gás natural holandês de referência subissem até 36% em apenas um dia na segunda-feira.

A Rússia fornece cerca de 40% do gás natural da Europa, a maior parte do qual é transportado por gasodutos. 

Em 2021, a Rússia exportou cerca de 155 bilhões de metros cúbicos de combustível para a Europa – mais de um terço dos quais veio do oleoduto Nord Stream 1, segundo a Reuters.

Após o desligamento do Nord Stream 1, restam apenas duas redes que transportam gás natural para a Europa: uma flui pela Ucrânia – embora o fornecimento tenha diminuído devido à guerra lá – e o gasoduto TurkStream que vai da Rússia à Turquia, que está operando normalmente.

"O mercado provavelmente ficará cada vez mais nervoso com os fluxos via Ucrânia e TurkStream", escreveu Warren Patterson, chefe de estratégia de commodities do ING Bank na segunda-feira.

Fonte: Business Insider

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